quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Na Revolução Sandinista se fez televisão


Na Revolução Sandinista se fez televisão

Por Felipe Canova e
Sílvia Alvarez
Durante toda a década de 1980, esteve no ar o Sistema Sandinista de Televisão, fruto da rebelião vitoriosa na Nicarágua. A experiência, pouco conhecida e agora resgatada, foi destruída com a vitória da direita em 1990
A revolução nicaraguense é mais um exemplo de que um processo revolucionário não se resume à chegada ao poder. Passado o período da guerra para derrubar a ditadura dos Somoza, era preciso construir uma nova sociedade, baseada em novos sistemas de saúde, educação, justiça, entre outros. Da tentativa de criar um novo modelo de comunicação, nasceu o Sistema Sandinista de Televisão (SSTV), que esteve no ar durante toda a década de 1980, fruto de uma rebelião popular vitoriosa.
A equipe da SSTV reunida: o grande desafi o foi começar
a produzir programas praticamente do zero - Foto: Reprodução
O passo inicial para a construção do sistema foi a expropriação dos benspertencentes à família Somoza – que se manteve no poder de forma ditatorial durante 43 anos – com a promulgação do chamado Decreto 3, em 20 de julho de 1979, logo no segundo dia de governo sandinista.
Entre bens e negócios – que iam de fazendas de gado e plantações de café a uma empresa de aviação – estavam os canais de televisão 6 e 8. Logo, por pressão popular, a revolução confiscou bens de outras famílias da oligarquia que tradicionalmente apoiaram o somozismo, dentre elas, a família Sacasa, dona do Banco Nicaraguense e dos canais de TV 2 e 12.
Esses quatro canais, que formaram então o Sistema Sandinista de Televisão, operavam antes da revolução sob uma mesma linha editorial, atrelada aos interesses da oligarquia nacional. Iván García, diretor do SSTV durante toda sua duração, conta que praticamente toda a programação das emissoras antes do Sistema Sandinista era de “enlatados” provenientes dos EUA e do México, e o que havia de programação nacional era propaganda política e ideológica do governo.

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